Fundação Hospitalar Senhora Santana de Caetité |
A Fundação Hospitalar Senhora Santana de
Caetité (FHSSC) realizou na noite de sexta-feira (01/03), um seminário com o
objetivo de conseguir alternativas para melhorar o serviço prestado.
O Hospital da Fundação completou 50 anos em
2012 de dedicação e trabalho em favor da vida. O “Seminário: Desafios para os
próximos 50 anos” contou com a parceria de uma equipe do Hospital Dr. Júlio
Sanderson da cidade de Aiuruoca no Sul de Minas Gerais. O nome deriva do Tupi e
significa “casa de papagaio”. A cidade tem menos de 8 mil habitantes.
Durante o evento foi ministrada palestra com
o tema “Alternativas para o serviço de saúde” pelos parceiros de Aiuruoca que
desenvolve um modelo de trabalho com associados que tem dado certo.
A equipe de visitantes estava formada por
José Carlos (Carlinhos), administrador hospitalar, Dr. Orlando Gomes, cirurgião
e oncologista, e por Dr. Paulo Ronaldo, anestesia e diretor clínico.
O bispo
da Diocese de Caetité, Dom Ricardo, presidente do Conselho Curador da Fundação
Hospitalar Senhora Santana fez a abertura falando do surgimento do hospital em
1962 por meio de dois médicos recém-formados: Dr. José de Carvalho
Costa (Dr. Zequinha) e Dr. Wóquiton Fernandes Teixeira com o apoio do bispo da
época Dom José Pedro Costa.
Dom Ricardo lembrou da importância da
Maternidade Senhora Santana criada em 1967. Ele informou que atualmente a
equipe Fundação é formada por 89 funcionários e 25 médicos.
Dr. Zequinha fez um relato desde a criação do
hospital até os dias de hoje.
Segundo Dr. Zequinha tudo começou quando o
baiano Dr. Clemente Tanajura foi nomeado Ministro da Educação e Saúde, no
governo de Otávio Mangabeira, quando construiu cerca de 40 hospitais no
interior da Bahia. O hospital foi construído em 1948, mas ficou fechado até
1962 por falta de equipe médica. Antes do funcionamento da maternidade os
partos eram feitos nas casas. Em 1967 foi construída a Maternidade Senhora
Santana com recursos que Dom José Pedro Costa conseguiu da Misereor, uma
entidade da Alemanha.
Segundo Dr. Zequinha foram muitas vezes em
que o hospital necessitou e recebeu apoio para superar os momentos de crise.
O prefeito de Caetité, Zé Barreira, falou que
se sente, também, responsável pela saúde da população do município. Ele disse
que lidar com saúde não é fácil se fosse não estariam discutindo num seminário.
O prefeito lembrou dos problemas de muitas
instituições de saúde no Brasil e disse que está pronto para contribuir com a
melhoria dos serviços prestados pela Fundação Hospitalar Senhora Santana.
O diretor do Hospital, Antônio Gomes,
ressaltou o momento importante para a Fundação com a proposta de parceria com a
equipe de médicos de Aiuruoca que traz ideias para a melhoria do serviço de
saúde a ser prestado em Caetité.
Antônio Gomes lembrou da importância do ciclo
formado por Hospital – Médico – Paciente que leva a outro ciclo não menos importante que é Recurso – Produzir
– Investir. Ele apresentou os resultados dos pacientes internados em 2012.
Percentual de pacientes internados SUS x
convênio x particular – FHSSC – 2012:
Particular – 7,53%
Convênios – 7,03 %
SUS – 85,44 %
José Carlos, administrador do Hospital Dr.
Júlio Sanderson de Aiuruoca, apresentou a história e alternativas para o sucesso
dos serviços de saúde daquela pequena cidade do Sul de Minas Gerais que podem
dar certo na Fundação Hospitalar Senhora Santana de Caetité. Carlinhos como é conhecido disse que o sucesso
foi alcançado com a harmonia Cliente (Paciente) – Médicos e funcionários –
Hospital. Isso chega a um resultado bom para todos.
O Hospital de Aiuruoca usa um sistema de
associação que permite desconto no atendimento à saúde inclusive nas clínicas. Os
associados contribuem por meio de um carnê. Os pacientes têm um cartão que dá
desconto em farmácias, óticas, supermercados, restaurantes e outros seguimentos
do comércio. Há empréstimo de cadeiras de rodas, molestas, andadores, entre
outros. Os bons apartamentos têm um valor acessível a todos. Em caso de óbito a
associação cobre 100% das despesas do associado falecido. Carlinhos disse que
com essa forma evitou as disputas de funerárias no momento de dor dos
familiares. Há associados em 15 cidades vizinhas. O corpo clínico oferece mais
de 40 especialidades médicas. Há bons salários para os funcionários. O
atendimento humanizado é o principal pilar do Hospital Dr. Júlio Sanderson de
Aiuruoca. A ferramenta eficaz é a união.
Carlinhos concluiu dizendo que estava
deixando sugestão de um modelo fantástico para alcançar o topo, a excelência, a
melhorança, a igualdade e o sucesso que é da pessoa mais pesquisada na
internet, mais falada e mais conhecida em todo o mundo e que neste momento está
mudando a vida das pessoas. Esse modelo começou com doze. Ele finalizou dizendo
esse merece as nossas palmas. Calinhos estava referindo a Jesus Cristo e os
doze apóstolos.
Dr. Orlando Gomes, cirurgião e oncologista, irmão
de Dr. Paulo Acácio da Fundação Hospitalar Senhora Santana, ressaltou a
importância da parceria e disse que ser médico é um sacerdócio citando o
exemplo de São Lucas, padroeiro dos médicos. Ele disse que o hospital de
Caetité tem um potencial grande com uma grande estrutura.
Dr. Paulo Ronaldo, diretor clínico e
anestesista, disse que a ajuda que o SUS dá aos hospitais é muito pouco há
necessidade de outro complemento a exemplo do projeto do hospital de Aiuruoca.
Dr. Paulo Ronaldo disse que para ele vir a Caetité deixou um substituto à
disposição, porque se houver a falta do profissional vai repercutir no
associado, no administrador e nele como diretor clínico e anestesista. Ele
encerrou dizendo que deve haver uma estrutura para fazer os procedimentos
médicos na própria cidade sem necessidade dos pacientes procurarem outro lugar.
O Mestre de Cerimônia, Júlio Gomes, franqueou
a palavra e muitos participaram perguntando ou contribuindo com a discussão da
temática do evento. Falaram a vice-prefeita, Drª Fátima, a secretária municipal
de saúde, Cynthia Lopes, Dr. Paulo Acácio, os vereadores Zacarias Nogueira e
Mário Rebouças, Joaquim Teixeira da Pastoral da Criança e professor Francisco.
O diretor Antônio Gomes pediu apoio a todos
para uma luta que não é só dele.
Silvano Silva – DRT-BA: 4393
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