segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Caetité e Igaporã terão empreendimento de R$ 1 bilhão em energia eólica


A empresa Renova Energia apresentou em reunião pública nesse domingo (8) em Caetité um novo empreendimento para Caetité e Igaporã para a exploração de energia eólica. Será implantado um parque eólico para gerar 177 megawatts (MW) de energia. Será o maior parque eólico da América Latina com um investimento de R$ 1 bilhão.

A Renova Energia é uma empresa que atua na geração de energia elétrica por meio de fontes alternativas renováveis, como pequenas centrais hidrelétricas e energia eólica, sendo esta gerada por meio da força dos ventos.

Segundo Leandro Borgo, Gerente de Energia da empresa empreendedora, a energia eólica é a mais limpa dentre todas as fontes de energia e que os impactos ambientais e sociais são os menores possíveis comparados com qualquer outro tipo de atividade, não só de energia, como também de qualquer outro setor.

Durante a fase inicial vai gerar aproximadamente 120 empregos com 60 a 80 de pessoas da região.

Serão gerados 177 megawatts (MW). Maior que o parque Osório no Rio Grande do Sul que produz 150 megawatts.

Serão instadas 40 torres no município de Caetité e 78 no município de Igaporã perfazendo um total de 118 torres para a produção de energia eólica.

Há projetos em 5 municípios da região: Caetité, Igaporã, Riacho de Santana, Guanambi e Pindaí. Nesses municípios há 8 áreas de interesse onde têm 9 torres de medição da velocidade média esperada do vento que servirá para confirmar ou descartar a instalação de torres em determinado lugar.

Os proprietários das terras serão beneficiados com o arrendamento da área onde será instalada cada torre. O valor do arrendamento é de R$ 3 500,00 por torre/ano. Cada torre ocupará uma área de aproximadamente 16 m2. O restante da terra deverá ser utilizada para qualquer atividade de interesse do proprietário.

O barulho provocado pelas hélices das torres fica abaixo de 50 dBA (decibéis no padrão de medida A) que não prejudica o sono de pessoas que estão em residências com mais de 300 metros de distâncias. Os estudos feitos previamente evitam a instalação de torres em rotas migratórias de pássaros.

Esse empreendimento não está sujeito a um estudo ambiental mais complexo que se chama Estudo de Impactos Ambientais e Relatório de Impactos Ambientais (EIA/Rima).

O Instituto do Meio Ambiente (IMA) da Bahia é o órgão executor de políticas de meio ambiente do estado e é responsável pela garantia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado e proteção à vida.

Segundo Maria Bethânia Figueiredo, representante do IMA, neste empreendimento o Instituto é responsável pelo licenciamento com o fornecimento das licenças de localização, implantação e operação do empreendimento. Depois de um determinado tempo a licença de operação será renovada.

Há diversos programas ambientais de monitoramento da fauna, flora, recuperação da área degradada e qualidade de sons e ruídos que são constantes durante o processo.

O governo federal vai realizar um leilão específico para a energia eólica em julho ou agosto de 2009. Criando, assim, a demanda necessária a um preço para que o empreendimento possa ser viável. O projeto da Renova Energia vai concorrer, no leilão, com outros projetos da Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A implantação do empreendimento começará entre o fim de 2009 e julho de 2010. O tempo de obra é em torno de 18 meses.

A energia produzida nos municípios de Caetité e Igaporã vai para uma subestação local e depois, em linha de transmissão, segue para o Sistema Interligado Nacional em Bom Jesus da Lapa de onde irá ao lugar do Brasil que estiver necessitando, conforme determina o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Alem da geração de energia limpa e empregos há, também, possibilidade de atrativo turístico.

O prefeito de Caetité, Zé Barreira, disse que dará o apoio necessário para o empreendimento e colocará, neste projeto, condicionantes que venha favorecer o município.

Rubéns Henrique representou o prefeito, Newton Cotrim (Neto), de Igaporã que também dá o devido apoio ao empreendimento na esperança que o município seja beneficiado.



Silvano Silva

DRT-BA: 4393

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